Domvs Mvnicipalis.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

À Minita, que se lembrou de mim...


Peço-te que esperes por mim desse lado?
Não sei mas penso que não me vou demorar,
Pois tenho o prazo curto, como os demais,
Sobre esta concessão, a que se chama vida.
Por cá vamo-nos permanentemente gastando
E eu, em mais um aniversário, estou a colaborar
Neste mentira inocente, mas consentida,
Que às vezes ignoramos, compensando
Sobre o que consumimos no passado.
Tenho-te as mesmas saudades de outrora
Que se acumulam com a tua ausência.
Se me sinto realizado, por essa circunstância?
Vale o conformismo que me acontece agora!

 
Joantago

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Mainato.


Mainato engoma gravata p'ra mim
Que eu vai nos funeral de intimua
E não esquece deitar carvão nos ferro
Para estar bem quente e não distrai?
Voçê  está fazer mangonha  demais
E estraga gravata pá, eu já disse!
Agora vai lá fora e traz o camisa,
Aquele que tem os manga comprido;
Pega os calça que tem o vinco,
Também  os sapato de verniz que está junto?
Olha, onde que puseste os cinto
Que estava pendurado nos porta?
Pôra, será que estás bom dos cabeça
Com os  devagar que estás trabalhar?

(Este poema devolve-me o carinho pela figura do “Mainato”, que recordo com respeito, por ser uma profissão masculina do tempo dos ferros a carvão e que requeria certa eficácia)