Poisou um “marrié” na papaieira
Debicando calma e gulosamenteO fruto amarelo-avermelhado…
De tão distraído, não deu atenção
À surucucu que subia pelo tronco,
Com o olhar fixo na ave indefesa!
África tem um perigo estonteante
Na beleza de uma linda canção,
Apaixonada pela sobrevivência,
Porque o predador, á sua maneira,
É ético e respeitador da vítima…
À excepção do leopardo, sanguinário,
Até ele, por vezes, se sublima,
Equilibrando-se na natureza:
Só o fraco e doente é sacrificado
No cumprimento do ciclo hereditário.
Esta é a vida que o marrié conhece:
Valendo-se de toda a experiência,
Enquanto existe, faz o que lhe apetece.
Joantago
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