Atirei três pedras, para colher um fruto...
E foi tanta a destreza e pontaria
Que, sem ter essa mesma facilidade,
Eu, que podia assumir-me ares de bruto,
Pude finalmente saborear essa iguaria...!
Peguei nele e levei-o à boca, saboreando
Aquele suco que sabia tão bem, com o calor...!
Na minha demora, alguém estava a estranhar
E eu, um a um, sem parar, ia provando...
Ainda hoje, nos dias quentes, lembro esse sabor!
Aquela árvore frondosa, qual candeeiro,
Majestosa e bonita, muito bem enfeitada...
Como poderei eu esquecer-me do Cajueiro,
Se nos dias de Verão, um copo de água gelada,
Não substitui o sumo do caju, de que tanto gostava ?!
A comer as castanhas e recorrendo à lembrança
De uma árvore, diferente de um supermercado;
E são tão importantes, os meus sonhos de criança,
Que eu diria convicto, que podia ser pecado,
Se algum dia, o cajueiro, perdesse o seu encanto !
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