Domvs Mvnicipalis.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O Cajueiro.


Debaixo do cajueiro, de certa idade,

Atirei três pedras, para colher um fruto...

E foi tanta a destreza e pontaria

Que, sem ter essa mesma facilidade,

Eu, que podia assumir-me ares de bruto,

Pude finalmente saborear essa iguaria...!

 

 O caju caiu e eu corri para o apanhar.

Peguei nele e levei-o à boca, saboreando

Aquele suco que sabia tão bem, com o calor...!


 
 
Na minha demora, alguém estava a estranhar

E eu, um a um, sem parar, ia provando...

Ainda hoje, nos dias quentes, lembro esse sabor!

 
Levantando a cabeça, admirado, observava

Aquela árvore frondosa, qual candeeiro,

Majestosa e bonita, muito bem enfeitada...

Como poderei eu esquecer-me do Cajueiro,

Se nos dias de Verão, um copo de água gelada,

Não substitui o sumo do caju, de que tanto gostava ?!
 

 
Hoje, entretenho-me, no conforto do meu recanto,


A comer as castanhas e recorrendo à lembrança




De uma árvore, diferente de um supermercado;

E são tão importantes, os meus sonhos de criança,

Que eu diria convicto, que podia ser pecado,

Se algum dia, o cajueiro, perdesse o seu encanto !
 

 

 

 

 

 

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